Notícias da Manhã (19/11/2017)
Lula volta a desafiar Moro a "provar um real de sua vida que não seja legal"
Esquerdista proferiu a citação durante o décimo quarto congresso do PC do B
RK/Estadão Conteúdo
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva,condenado a primeira instância,a nove anos e meio de prisão,pelo Juiz Sérgio Moro,negou ter os vinte e quatro milhões de reais que a Procuradoria da República;Em pedido encaminhado á Justiça Federal,em âmbito da Operação Zelotes (que é um desdobramento da Lava Jato),na última quinta-feira (16).O confisco resume em vinte e um milhões e quatrocentos mil reais em bens do esquerdista,e mais dois milhões e meio na conta de seu filho,Luiz Claudio
"Às vezes fico chateado com todas essas bobagens que falam a meu respeito, mas, como sou católico, acho que é uma provação. Já provei minha inocência, quero agora que eles provem. O cidadão deveria ter a decência de dizer onde tenho R$ 24 milhões"-declarou o comunista,em meio ao congresso do PC do B.
Em seu discurso,ele voltou a desafiar os procuradores e o Juiz Sérgio Moro de que "prove um real da sua vida que não seja legal".Para o esquerdista,os investigadores inventam mentiras sobre a sua pessoa,e agora "não conseguem mais sair"
"Se tem político com rabo preso por causa do que a Operação Lava Jato está fazendo, eu não tenho rabo para prender. Não estou acima da lei, só quero respeito"-e,complementando,o comunista disse:"Quando a polícia entra na casa de alguém, adora mostrar dinheiro, joia, mas quando entra na minha e dos meus quatro filhos, revira tudo, levanta colchão, e não encontra nada, esses sacanas deveriam ter coragem de chamar a imprensa e dizer que na casa do Lula não tinha nada".
Ele parabenizou a presidente nacional do PT,a senadora comunista Gleisi Hoffmann (PR), por apresentar uma representação criminal à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a Rede Globo,emissora esquerdista, após ser acusada de pagar propina para adquirir os direitos de transmissão de partidas de futebol. Em tom de brincadeira, o ex-presidente disse para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) que “ele não sabia de nada” sobre o caso e provocou risadas entre os presentes. Silva foi ministro dos Esportes de 2006 a 2011, durante o governo Lula, mas pediu demissão após denúncias de irregularidades.
Esquerdista Lula diz que "não será difícil ganhar eleições em 2018"
Comunista compareceu no décimo quarto congresso do PC do B,onde também estavam outros socialistas como Hoffmann e Orlando Silva
Da redação
o ex-presidente esquerdista Luis Inácio Lula da Silva (PT) afirmou,durante o décimo quarto congresso do Partido Comunista do Brasil,que "não será difícil ganhar as eleições em 2018",porém,defendeu uma mudança de estratégia para barrar as propostas do governo de Michel Temer,presidente em exercício,que já teve duas denúncias sobre irregularidades,arquivadas no Congresso e foi vice da chapa de Dilma Rousselff,ex-presidente comunista que sofreu impeachment em 2016 por pedaladas fiscais,além do seu partido (PMDB) ter sido a base do governo de Lula.
O comunista declarou que "a oposição está fragilizada" e lamentou o fracasso em salvar o mandato da colega de partido em 2016 e propostas que,em sua avaliação,representam um retrocesso,em comparação ao seu mandato e o da companheira do PT.
"Éramos contra reforma trabalhista, e ela aconteceu, éramos contra a Previdência, e se não tomarmos cuidado, vai acontecer"-disse o esquerdista,além de afirmar de que o governo do ex-aliado de governo é "fraco" e,por isso,se submete "aos interesses do mercado".
"Nenhum presidente fraco é respeitado."-e,complementando,o comunista disse:"Os congressistas que estão votando pelo desmonte não têm compromisso conosco. Nunca vi tanto deputado reacionário, tanto troglodita, e se não tomarmos cuidado vai piorar na próxima eleição".
Alckmin pede unidade do partido para poder mudar o Brasil
Estadão Conteúdo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã deste domingo, 19, que não precisa ser presidente do partido, mas que a sigla deve alcançar a unidade para poder mudar o Brasil. Nas últimas semanas, a possibilidade de o governador assumir a presidência da sigla foi cogitada por tucanos importantes, como o ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em visita a Recife, Alckmin falou como candidato ao Planalto em 2018. O paulista disse que gostaria de ter o apoio do PSB, partido que comanda Pernambuco há 11 anos, e afirmou, diante de lideranças tucanas locais, que o Nordeste estará no centro, no coração de seu projeto para o País.
Cicerioniado pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), que deixou o Ministério das Cidades no início deste mês, Alckmin vai se encontrar com a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, em busca de apoio para uma eventual aliança com o PSB. O atual governador pernambucano, Paulo Câmara, foi secretário de Eduardo Campos e eleito com o apoio de Renata e da família.
Aos jornalistas, Alckmin disse se tratar apenas de uma visita cordial. Aliados do paulista, no entanto, veem a oportunidade de o encontro abrir uma rodada de negociações para as eleições de 2018. O vice-governador de São Paulo, Márcio França, também é filiado ao PSB.
“Claro que nós queremos ter uma aliança com o PSB. Mas isso não depende só de nós”, disse Alckmin. “Os partidos que não tiverem candidatos e quiserem compor uma aliança, discutir um bom projeto para o Brasil, são bem-vindos.”
Moreira Franco, Imbassahy e Baldy participam de encontro com Temer e Maia
Estadão Conteúdo
O deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO), escolhido como o novo ministro de Cidades, participa de reunião na tarde deste domingo entre o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O encontro acontece na residência oficial da Presidência da Câmara.
Temer já tinha batido martelo sobre a nomeação de Baldy para Cidades durante reunião neste sábado (18) com Maia, no Palácio do Jaburu. O deputado goiano vai substituir o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que pediu demissão do posto na última segunda-feira (13), desencadeando a reforma ministerial.
Além de Baldy, os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) participam do encontro neste domingo na residência oficial da Câmara, em que se discute a reforma ministerial.
Segundo auxiliares, Temer já decidiu trocar o atual titular da Secretaria de Governo, o deputado licenciado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). O futuro dele, porém, ainda é incerto. O tucano pode ser realocado para o Ministério da Transparência ou Direitos Humanos.
Como adiantou o Broadcast Político, a bancada do PMDB de Minas Gerais quer emplacar o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) como substituto de Imbasshy. O nome foi levado a Temer na semana passada pelo 1º vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada mineira, Fábio Ramalho (PMDB-MG).
Além de Lopes, outro nome cotado para assumir a Secretaria de Governo é o ex-deputado João Henrique Sousa (PMDB-PI). Desde que Temer assumiu o governo, Sousa preside o Conselho Nacional do SESI. No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Sousa foi ministro dos Transportes.
Bretas criou círculo vicioso e vai condenar Cabral em todos os processos, diz advogado
Estadão Conteúdo
“Sou intenso; tudo o que faço, faço muito”, diz o advogado do ex-governador Sérgio Cabral, Rodrigo Roca, depois de pensar um pouco sobre uma característica que o definiria bem. Roca tem 46 anos, e 21 de profissão. A intensidade autorreferida acumula histórias conhecidas, como a de ser advogado de militares acusados de torturas e assassinatos – em casos momentosos, como os do Riocentro e Rubens Paiva -, ou de policial militar sentenciado pela chacina de Vigário Geral, ou do agora em evidência caso do ex-governador do Rio, sentenciado por corrupção.
Na sexta-feira, Cabral completou um ano na cadeia. Já tem três sentenças de primeira instância – uma do juiz Sérgio Moro e duas de Marcelo Bretas. Somadas, já o condenaram a 72 anos de prisão. O ex-governador responde, ainda, a outros 12 processos que aguardam sentença de Bretas. “Tenho certeza de que ele vai condenar o ex-governador em todos os processos”, disse Roca ao Estado em seu escritório no centro do Rio. “Quando o condenou a 45 anos na Operação Calicute, o processo-mãe, o juiz Bretas criou para si próprio uma armadilha, um círculo vicioso que o impede, por coerência, de o absolver nos demais casos.” Procurado, Bretas não quis comentar. “Não gosto de falar sobre a atuação de advogados”, zapeou.
Nos quase seis meses em que está no caso Cabral, Roca manteve-se discreto. Ficou mais visível para o público no mês passado, quando seu cliente soltou o verbo para o juiz, durante uma audiência, falando sobre negócios da família do magistrado. Bretas entendeu como ameaça, perguntou ao advogado se ele tinha algo a ver com a revolta do cliente – não tinha, respondeu – e pediu a transferência do ex-governador para um presídio de segurança máxima fora do Rio, sustada por um pedido de liminar de Roca deferido pelo ministro Gilmar Mendes.
Rodrigo Henrique Roca Pires, niteroiense, divorciado de dois casamentos – um filho em cada um, de 15 e 5 anos – é mestre em Ciências Penais pela Universidade Cândido Mendes, onde se formou em 1996, e mestrando em Direito Canônico pela Universidade Católica de Petrópolis.
O Roca, de raiz boliviana, é da mãe, já falecida. Pires é do pai, um projetista da construção civil, que também já se foi, há pouco, dor ainda viva. Foi o pai que o levou a um júri, ali pelos 19 anos. “É isso que eu quero fazer na minha vida”, resolveu. Até a última vez que fez as contas, e já faz tempo, já fizera 80 júris. Continua fazendo. O último foi em outubro – de um cliente que não quis dizer o nome.
Em outro, de grande repercussão, Roca defendeu o ex-soldado da PM do Rio Paulo Roberto Alvarenga, o principal denunciado pela chacina de Vigário Geral, a matança de 21 moradores ocorrida em agosto de 1993. No primeiro júri, em abril de 1997, Alvarenga foi condenado a 449 anos de prisão. De recurso em recurso, todos perdidos, o advogado foi bater no Supremo Tribunal Federal – que reduziu a pena para 57 anos e mandou anular o primeiro julgamento. No segundo, Roca não era mais o advogado do ex-PM. “Foi um caso muito especial, profissionalmente falando.”
Roca contou que os militares bateram na sua porta, ou vice-versa, quando tinha um ano de formado, em 1997, e trabalhou para um escritório de São Paulo, não disse qual, especializado no foro militar. “Eu tenho muito conhecimento do direito militar, porque fui profissionalmente obrigado isso.” Sua carteira de dezenas de clientes fardados inclui, entre muitos casos, os de oficiais militares acusados de tortura e assassinato.
O exemplo mais conhecido é o do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar. Neste caso, Roca advoga para o general reformado José Antônio Nogueira Belham e outros quatro militares denunciados, pelo Mistério Público Federal, por participarem do homicídio e da ocultação de cadáver de Paiva. Em sua mais recente atuação no caso, em 2014, Roca entrou com uma reclamação no STF (a 18.686), pedindo uma liminar contra decisão do juiz de primeira instância que recebeu a denúncia contra seus clientes. O relator do caso foi o ministro Teori Zavascki. Em 29 de setembro de 2014 ele deferiu a liminar e mandou suspender a ação penal. Arguiu que a defesa tinha razão ao defender que a Lei de Anistia protegia os acusados. O mérito ainda não foi julgado.
Para citar outro caso estrondoso – o do Riocentro -, Roca também é advogado dos acusados do planejado e frustrado atentado, em maio de 1981. Entre eles o coronel reformado Wilson Machado, sobrevivente da explosão acidental no carro que levava as bombas Entrou na causa em 2014, quando o MPF no Rio – o mesmo com o qual agora terça armas no caso Cabral – conseguiu reabrir o caso Roca pediu e conseguiu que o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região – o mesmo que julga os recursos contra decisões de Bretas – determinasse o trancamento da ação. O caso continua em aberto.
“Hostilidade”
“Aceitei os casos porque não vi nada que sustentasse aquelas denúncias”, explicou. “Sofri muita hostilidade, mas de alguma forma colaborei para evitar a execração pública e a condenação de inocentes.”
As hostilidades que conta são uma pichação com “fassínora”, assim grafada, no muro de sua casa em Niterói, e um saco plástico com sangue animal atirado na piscina. Ambas no período em que acompanhava os militares acusados que iam depor (ou calar) na Comissão da Verdade.
Roca recusa qualquer acusação dos 15 processos contra Cabral, incluindo os três em que Moro e Bretas o sentenciaram, em todos cabendo recursos. Seu argumento central é que não existem provas – ao qual se soma a arguição de suspeição contra Bretas, até aqui não acatada, primeiro pelo próprio juiz, depois pelo TRF-2. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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